Desde 28 de agosto, o grupo RBS
desenvolve uma campanha com relação à educação. Segundo os organizadores, o
objetivo é promover o debate sobre o tema, em especial, no Rio Grande do Sul e
em Santa Catariana. Uma campanha milionária, organizada e financiada pelo maior
canal de comunicação privado do país, a Rede Globo.
Desde o início da campanha, foi
realizado um bombardeio de "denúncias", as quais, em grande parte,
recaem sobre a responsabilidade dos professores. A campanha tem o apoio
governamental e já encontrou o responsável por todos os problemas: o professor.
Lamentável, mas compreensível, que na
campanha não existam denúncias diárias sobre os descasos dos governos estaduais
dos dois Estados (Santa Catarina e Rio Grande do Sul), tendo em vista quem são
os organizadores. O Grupo RBS não denuncia o descumprimento de leis
elementares: Piso Nacional do Magistério, fechamento de turmas, precarização
total dos prédios públicos, abandono do investimento na construção de novas
escolas, transferência de recursos e prédios públicos para iniciativa privada,
além de desvios absurdos de recursos destinados à educação pública.
Estamos diante de uma investida dos
meios de comunicação contra a Educação Pública, numa tentativa de privatizá-la
de formas diversas, de modo que a opinião pública se sensibilize e apóie essa empreitada.
Não é à toa que já foi lançado o edital de captação de recursos da campanha
"A educação precisa de respostas", cujo objetivo é que a população
apresente projetos de arrecadação financeira para manter as escolas públicas.
Ou seja, "encontrar" outras formas de sustentar a educação,
desresponsabilizando os governos e permitindo que todos os nossos impostos
sejam destinados a outros fins, que não a educação de nossas crianças e jovens.
A Educação Pública é direito de todos e dever do Estado, logo é
patrimônio de todos. Não a entregaremos a iniciativa privada, não sem luta e
mobilização. Investimento público para a Educação Pública.
Os trabalhadores em educação de
Gravataí também precisam de respostas:
- O que irá representar na prática o “Choque
de Gestão” anunciado pelo novo governo a partir de 2013?
- A política de pessoal irá priorizar
as necessidades das escolas ou serão aprofundadas as medidas de precarização na
educação?
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